A ciência se tornou uma religião?

 


O site Pensador (https://www.pensador.com/) tem em seu acervo essa frase do astrofísico Neil deGrasse Tyson. Vamos conversar sobre essa opinião do conhecido cientista. 

Interessante que ele diz "você". Ele não se inclui na pequenez que atribui ao ser humano. Freud explica. E ao dizer que nós, humanos, somos minúsculos, ele se refere ao corpo humano, quando comparado ao Universo. Ora, somos mais que o corpo, somos consciência.

O que ocorre é que Tyson é mecanicista, ou seja, é adepto daquele ateísmo tosco que considera que o ser humano é apenas um aglomerado de moléculas com reações eletroquímicas entre elas. Se for verdade, então, sim, o ser humano é nada e a vida é uma mentira, apenas resultado de impulsos elétricos ordinários, como tantos que ocorrem no reino mineral. 

Vamos, no entanto, dar um crédito ao cientista quando ele diz que "você está preso" no corpo. Então, quem sabe ele, no fundo, perceba que nós não somos o corpo, nós vestimos o corpo.

Não tenho religião. Mas sei por experiência que há mais que o corpo físico. E, não, não estamos presos ao corpo. Eu mesmo tenho minhas experiências de saída do corpo (desdobramento astral), e mais de uma vez pude ver meu próprio corpo a dormir enquanto eu, usando o corpo astral, estava fazendo outra coisa.

Porém, deixando de lado as experiências fora do corpo, Tyson se esqueceu de um dado fundamental: somos consciência. O que é mais importante? Um ser humano ou um asteroide de milhões de toneladas e sem consciência, morto, por assim dizer? 

A ciência, no seu aspecto mais mecanicista e tosco, tornou-se um culto. Os adeptos desse culto, via de regra, falam de seus conhecimentos com ar professoral, como se estivessem acima dos mortais comuns. Isso é risível. Somos todos humanos, mamíferos da ordem dos primatas. Capacidade intelectual não faz de ninguém um ser superior aos demais humanos. 

Nós, junto com os outros animais, somos a razão de ser do Universo. Sem a vida consciente – e os animais também têm alguma consciência – o Universo seria um gigantesco espaço-tempo com corpos celestes inúteis vagando sem rumo. 

Deixemos de lado mecanicismos como o de Descartes (Penso, logo existo) ou de Cabanis (O cérebro produz o pensamento assim como o fígado excreta a bile). Precisamos compreender que a mente intelectual não é nossa mais sutil capacidade. Acima da mente há a intuição linear (meditação) e acima dela há a hiperconsciência, que um punhado de almas já atingiu nos milhares de anos de existência de nossa espécie. 

O primeiro passo para alcançarmos a compreensão do Universo é praticarmos meditação, ou seja, aquietarmos a mente intelectual, pararmos o pensamento. Isso não é tão difícil, mas depende de querermos. E a maioria dos cientistas não quer.

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